Segundo órgão que aplica o Enem, fuga do tema foi parcial nas redações.
Textos com hino do Palmeiras e receita de miojo tiveram nota 500 e 560.
Fernando Maioto Júnior e Carlos Guilherme Ferreira tentaram testar sistema de correção da redação do Enem (Foto: Reprodução/Arquivo pessoal)
Já Carlos Guilherme Custódio Ferreira, de Campo Belo (MG), decidiu ensinar uma receita de 'miojo' antes de concluir seu texto intitulado "Imigração ilegal", que acabou avaliado com a nota 560. O objetivo dos dois era provar que os corretores não liam as redações com atenção e, por isso, a nota dos candidatos era aleatória.
Fernando e Guilherme afirmaram que a nota mais justa para seus textos seria zero. Porém, para Portela, do Cespe, as notas 500 e 560 para as redações dos dois estudantes é prova de que os corretores não só leram os textos, mas também os corrigiram seguindo os critérios previstos no edital. "Não é aleatória, se você verificar onde eles levaram a menor nota, vai ver que foi nessas competências específicas. A nota baixa reflete exatamente que, quando ele utilizou argumentos completamente fora de propósito, ele foi apenado justamente por isso", explicou Portela ao G1.
"Se quisesse testar o sistema, poderia fazer um texto sobre a imigração no século 21 no Brasil e apresentar uma proposta de intervenção que ferisse os direitos humanos. Se fizesse isso, ele teria a nota zero", afirmou.
Ele afirmou ainda que a pontuação dos dois candidatos é considerada "o limite da reprovação", já que, por exemplo, um participante que queira usar o Enem para conseguir a certificação do ensino médio deverá tirar no mínimo 500 na redação para obter a qualificação em linguagens e código
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